Os impactos do tabagismo para a saúde já são velhos conhecidos: só no Brasil, são mais de 161 mil pessoas mortas todos os anos. As perdas econômicas causadas pelos custos do cigarro para toda a sociedade, no entanto, não são tão divulgadas, apesar de sua magnitude:
- R$ 50 bilhões são gastos todos os anos com tratamento de doenças relacionadas ao tabaco;
- Mais R$ 42,5 bilhões são perdidos com custos indiretos, como perda de produtividade e morte prematura, totalizando mais de R$ 90 bilhões de reais.
Apesar disso, apenas R$ 12,2 bilhões são arrecadados anualmente com impostos de cigarros. O déficit resultante fica na conta da sociedade brasileira.
E o problema não para por aí. O aumento de impostos de cigarros é uma das maneiras mais eficazes de controlar o tabagismo e promover a saúde, mas não há nenhum reajuste nos tributos desde 2016. O resultado é que os cigarros vêm ficando mais acessíveis – enquanto alimentos e outros itens de primeira necessidade só aumentam de preço.
Para contribuir com as discussões sobre a necessidade do aumento de tributos sobre tabaco, a ACT e a Vital Strategies estão lançando uma nova página reunindo informações e publicações sobre o tema. Nela, o usuário pode ter acesso a estudos que respondem aos argumentos da indústria do tabaco, que é obviamente contrária a qualquer aumento de tributos e costuma afirmar que haveria um crescimento do contrabando – que não é verificado em estudos independentes.
“Evidências internacionais e a própria experiência brasileira mostram que o combate ao mercado ilegal precisa de medidas integradas como controle de fronteiras, revisão de penalidades e esforços diplomáticos com países vizinhos, eficazes e previstas no Protocolo para Eliminação do Mercado Ilícito, instrumento da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, dos quais o Brasil é signatário”, diz Mônica Andreis, diretora-executiva da ACT Promoção da Saúde. O lançamento da página é ainda mais oportuno porque o Paraguai, país de origem da maioria dos cigarros ilegais no Brasil, também se comprometeu com o Protocolo.
Acesse a página e confira: contadocigarro.org.br