Estamos já quase terminando outubro, mas ainda é tempo (e oportuno!) relembrar que o câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo. Somente em 2024, o Instituto Nacional de Câncer aponta que 73.610 mil mulheres serão diagnosticadas com câncer de mama no Brasil. Por isso, ao longo do mês fizemos postagens com parceiros como Fundação do Câncer, Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC) e Amor e União Contra o Câncer (AMUUC) trazendo dados sobre isso, que compilamos aqui para o blog.
A prevenção primária está diretamente relacionada à redução dos fatores de risco modificáveis e à promoção dos fatores de proteção para a doença. A prática de atividade física, a garantia de uma alimentação saudável e a redução do consumo de bebidas alcóolicas, por exemplo, estão associadas à diminuição do risco de desenvolver essa doença e demais cânceres.
No caso do álcool, um estudo* divulgado pela Biblioteca Nacional de Medicina do governo americano sugere que substâncias tóxicas, entre elas, o acetaldeído, causam alterações no DNA que favorecem o surgimento do câncer de mama.
Já na área de ultraprocessados, a revista científica e-ClinicalMedicine**, acompanhou um grande número de indivíduos no Reino Unido por um tempo médio de 10 anos. E verificou que cada incremento de 10 pontos percentuais (pp.) no consumo de ultraprocessados na dieta foi associado a um aumento de 2% na incidência de câncer geral (2%), a um risco aumentado de 6% para mortalidade por câncer geral e de 16% para mortalidade por câncer de mama. Ou seja: uma mulher cujo consumo de ultraprocessados representa 40% da sua dieta total tem quase 50% mais risco de morrer por câncer de mama do que uma mulher que não consome ultraprocessados.
Já para o tabaco, ainda não temos estudos conclusivos com referência, mas a ansiedade provocada por um diagnóstico como esse pode ser um incentivo a intensidade do consumo. Se quiser parar de fumar, o SUS fornece auxílio gratuito para cessação da prática pelo Disque Saúde. É só ligar 136 para obter mais informações.
Em todos os casos, procure cuidar da saúde: evite o consumo de produtos ultraprocessados, álcool e tabaco, além de incrementar em sua rotina a prática de atividade física.
Fontes:
*Fonte: Alcohol consumption and the risk of breast cancer (Gloria D Coronado, Jeannette Beasley, Jennifer Livaudais.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC3832299/#:~:text=A%20meta%2Danalysis%20of%2053,g%2Fday%20of%20alcohol%20use%20
**Chang K, Gunter MJ, Rauber F, et al. Ultra-processed food consumption, cancer risk and cancer mortality: a large-scale prospective analysis within the UK Biobank. The Lancet, 2023;56: 101840
https://www.thelancet.com/journals/eclinm/article/PIIS2589-5370(23)00017-2/fulltext
***Melo ME, Pinho AC. Câncer e obesidade: um alerta do INCA. Rede Câncer, 2017 Ago;38. Disponível em: https://bit.ly/inca-artigo