Celebra-se hoje, 16 de outubro, o Dia Mundial da Alimentação. Confira abaixo algumas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para uma dieta saudável, por que isso pode ajudá-lo a proteger sua saúde e algumas políticas públicas que ajudam a promover uma alimentação adequada e saudável.
Recomendações da OMS
Fonte: Organização Mundial da Saúde
- Práticas alimentares saudáveis já começam no berço. A amamentação promove um crescimento saudável, melhora o desenvolvimento cognitivo e pode ajudar em benefícios de longo prazo, como na redução do risco de desenvolvimento de obesidade e diabetes.
- Recomenda-se que o açúcar ingerido diariamente não passe de 10% das calorias totais – preferencialmente, na verdade, seja até menos de 5%.
- Não consuma mais de 5g de sal por dia (o que equivale a 2g de sódio).
- Inclua frutas, verduras, legumes, nozes e grãos minimamente processados em sua dieta.
- Além disso, o Guia Alimentar para a População Brasileira também recomenda que seja dada preferência a alimentos in natura ou minimamente processados. Isso porque os alimentos chamados ultraprocessados, como fast food e comidas prontas como bolachas recheadas, refrigerantes, salgadinhos e outros produtos industrializados, costumam conter grandes quantidades de açúcar e sal, por exemplo.
Como a alimentação afeta a saúde?
A alimentação inadequada e suas consequências (como sobrepeso/obesidade) estão associadas com diversos problemas de saúde, especialmente com doenças crônicas como o câncer, a diabetes e as doenças cardíacas.
Em 2016, mais de 1,9 bilhão de adultos estava com sobrepeso. 650 milhões deles eram obesos. Essa prevalência da obesidade quase triplicou entre 1975 e 2016.
Entre as crianças e os adolescentes, o índice de sobrepeso e obesidade pulou de 4% em 1975 para 18% em 2016.
Como promover a alimentação saudável?
Apesar da conscientização individual ser importante, as políticas públicas promotoras da alimentação adequada são a melhor maneira de incentivar a população a adotar hábitos alimentares mais saudáveis. Elas fazem isso, principalmente, por meio de medidas que desencorajam o consumo de produtos prejudiciais (os já mencionados ultraprocessados).
Duas delas, especialmente, estão em pauta no Brasil e são explicadas em campanhas da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável:
– Rotulagem adequada: a rotulagem atual de alimentos não é eficaz. Por isso, a Anvisa está avaliando novos modelos, incluindo as rotulagens frontais de advertência, defendidas pela Aliança, ACT e várias outras organizações.
Com esse modelo, selos em formato de triângulo serão incluídos na embalagem para informar sobre a presença excessiva de elementos como gorduras, calorias, açúcar e sódio.
Saiba mais sobre essa política aqui!
– Tributação de refrigerantes: a OMS recomenda a tributação de refrigerantes como forma de reduzir a prevalência de obesidade e diabetes e promover a saúde. O Brasil, no entanto, vai na contramão: em vez de tributar, são fornecidos benefícios fiscais aos fabricantes de refrigerantes sediados na Zona Franca de Manaus.
Por isso, foi lançada a campanha #TributoSaudável, pedindo pelo fim dos incentivos e por uma tributação específica a esses produtos.
Saiba mais sobre a questão da Zona Franca neste vídeo: