Patches de nicotina

Por Montezuma Pimenta Ferreira, Médico do Instituto de Psiquiatria do HCFMUSP e membro do Conselho Consultivo da ACTbr
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Os patches de nicotina são aqueles adesivos para aplicação em cima da pele. Assim como a goma de mascar, os patches de nicotina praticamente dobram as chances de alguém conseguir parar de fumar. Os patches são vendidos sem receita médica, mas seu efeito é maior quando usados com acompanhamento profissional.

A marca disponível no Brasil (NiQuitin®) vem em três doses: 21, 14 e 7 mg. A dose inicial depende do consumo diário de cigarros. A recomendação do fabricante é a seguinte:

Para quem fuma mais do que 10 cigarros por dia:
• 6 semanas iniciais: 21 mg
• 2 semanas seguintes: 14 mg
• 2 semanas finais: 7 mg
Para quem fuma 10 cigarros por dia ou menos:
• 6 semanas iniciais: 14 mg
• 2 semanas finais: 7 mg

Usualmente, os patches são colocados quando se pára de fumar, mas já há experiência com o uso de reposição de nicotina antes da cessação. Os patches de NIQuitin® são usados por 24 horas (normalmente colocados pela manhã e trocados no dia seguinte).

Os patches são colocados sobre uma área de pele sem pêlos, sem ferimentos, bem limpa e sem gordura. Normalmente, se usa o dorso ou o deltóide (aquele músculo do ombro onde se dá injeção). Para evitar irritação excessiva no local de aplicação, o lugar é mudado a cada dia (sugere-se evitar repetir antes de uma semana).

O patch é contra-indicado nas seguintes situações:
• infarto do miocárdio recente (< 3 semanas) • angina instável • arritmias cardíacas instáveis • gravidez • amamentação Portadores de asma ou de bronquite podem precisar reajustar a medicação (teofilina, por exemplo) ao parar de fumar. Portadores de depressão devem ficar atentos à possibilidade de recaída ao parar de fumar.

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