Você já ouviu a expressão “tabagismo de terceira mão”? Trata-se dos resíduos do cigarro ou outros produtos de tabaco que impregnam-se em móveis, carpetes, estofados, cortinas, e causam males tão graves quanto o do tabagismo ou tabagismo passivo. Leia abaixo um resumo do estudo:
Ficar em um quarto de não-fumantes em um hotel que permite fumar em outros lugares não evita a exposição ao fumo do tabaco, relata um novo estudo.
O artigo foi escrito para a revista Tobacco Control , os pesquisadores examinaram uma amostra de 10 hotéis com proibição completa de fumar e 30 com salas com permissão para o fumo. Eles analisaram as áreas e o ar ambiente quanto a presença de poluentes da fumaça do tabaco e também a superfície dos dedos para medir a presença de carcinógenos do tabaco, além de testarem a urina de hóspedes não-fumantes após eles terem permanecido nos quartos.
Alguns quartos para não fumantes estavam com taxas bastante baixas de poluentes. Todavia naquelas com pior situação, havia níveis de poluentes atmosféricos do tabaco que eram quase 5 vezes maiores em quartos para não fumantes quando eles estavam em quartos de hotéis de não-fumantes, e a poluição das superfícies foi até 25 vezes maior. Em alguns casos, os não-fumantes que ficaram em quartos para não fumantes tinham sinais de exposição à nicotina na urina que eram mais do que duas vezes maior que os de não fumantes que se hospedaram em hotéis para não fumantes.
Apenas quatro estados – Indiana, Michigan, Dakota do Norte e Vermont – proibiram completamente o fumo em hotéis e os quartos designados para fumantes não funcionam, segundo o autor, Georg E. Matt, um professor de psicologia na San Diego State University.
“Os fumantes deixaram um legado para trás que eles não podem controlar”, disse ele. “Os reservatórios físicos – nos tecidos, nos cobertores, nos estofados, nos papéis de parede, no gesso acartonado – são muito profundos, e você não pode simplesmente tirá-los.”
Leia a matéria na íntegra aqui: