Parar de fumar fumando é o sonho de consumo dos fumantes. E há sites na internet que prometem exatamente isso: vendem o cigarro eletrônico como uma forma de fumar sem prejudicar a saúde e sem importunar as pessoas. O produto é anunciado como um tratamento antitabagismo altamente eficaz. Mas há uma semana a OMS (Organização Mundial da Saúde) lançou um alerta, desaconselhando o método.
“Da forma como [o produto] está sendo comercializado, é um engodo”, afirma Paula Johns, diretora da ACT (Aliança de Controle do Tabagismo). Não há nenhuma evidência científica sobre sua segurança e ele não pode ser apresentado como tratamento. “Há um consenso brasileiro sobre os tratamentos aprovados, e esse cigarro não está incluído”, diz Johns.
Há pelo menos um site brasileiro vendendo a engenhoca como tratamento. Por R$ 380, entrega-se o produto em qualquer lugar do país. Basicamente, é um tubinho de aço com um cartucho de nicotina, que é aspirada com vapor d’água em quantidades determinadas.
Sergio Ricardo Santos, coordenador do PrevFumo, núcleo de prevenção ao tabagismo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), diz que o grande problema é que o método mimetiza o ritual do ato de fumar. “Outras formas de reposição de nicotina, como adesivos ou goma de mascar, não são prazerosas. O cigarro eletrônico é e, portanto, não atua nos gatilhos comportamentais que estimulam a vontade de fumar. E dificilmente alguém abandona o cigarro sem mudar o seu comportamento em relação a ele.”
Fonte: Folha de S.Paulo – Caderno Equilíbrio de 25/09/08
Examinem vossas consciências antes de afirmarem tal ou qual coisa a respeito de um produto, principalmente quando este produto possa causar danos à saúde. Ganhar dinheiro, lucrar, é sempre bom – com responsabilidade. Cuidado em vossas afirmações!
Amar ao próximo equivale valorizar não apenas vossos filhos, pais ou entes queridos – isto está longe de ser amor, mas egoísmo. Peço-lhes apenas atenção em vossos comentários não somente neste caso do cigarro eletrônico, mas, em tudo aquilo que possa dirigir-se a outrem.
Desejo sinceramente que tal produto ajude às pessoas pararem de fumar, mas não reconheço até então casos comprovados, desconheço a eficácia do produto. No entanto não quer dizer que não funcione. Minha opinião é nula neste caso. Lembro-lhes, vocês que não fumam, que adquirir o hábito de fumar ‘eletronicamente’ poderá levá-los ao hábito convencional =D
Peço apenas a atenção quanto às afirmações que temos feito a respeito deste e muitos outros produtos, bem como serviços e outras coisas, apenas visando lucro, sem considerarmos uma solução que mudaria o mundo – ‘Amai uns aos outros sem esperar nada em troca’…
Pensem nisto!
Abraço…
Pessoal, está em andamento a Consulta Pública n. 41, de 23 de junho de 2009, no site da Anvisa, para apresentação de críticas e sugestões relativas à proposta de Resolução que dispõe sobre a proibição da comercialização de Dispositivos Eletrônicos de Fumar, ou seja, o cigarro eletrônico.