O uso de novos produtos de tabaco, como os cigarros eletrônicos, é um grande desafio para o controle do tabagismo. O Juul, por exemplo, é uma marca que vem se popularizando entre adolescentes dos Estados Unidos. Seu uso, especialmente em escolas, causa alarme entre especialistas.
Fonte: Campaign for Tobacco-Free Kids
Malefícios do uso
Os cigarros eletrônicos podem causar vício em nicotina, mas muitos dos usuários nem sabem quando a substância está presente. A nicotina é especialmente prejudicial a crianças e adolescentes, pois pode afetar o desenvolvimento do cérebro, além do sistema cardiovascular. O uso de cigarros eletrônicos também pode aumentar a chance do fumante passar a consumir cigarros tradicionais.
O aumento na popularidade de dispositivos como esse é uma grande ameaça para os progressos realizados nas últimas décadas para reduzir o consumo de tabaco entre jovens.
Situação no Brasil
No Brasil, uma resolução da Anvisa proíbe a comercialização, importação e propaganda dos dispositivos eletrônicos para fumar, que incluem o Juul, bem como seus acessórios e refis.
Em um posicionamento publicado há poucos meses, a ACT apoiou essa regulamentação atual. Especialmente relevante é a determinação de que eventuais pedidos de registro desses produtos estão condicionados “à apresentação e aprovação de estudos toxicológicos e científicos que comprovem a alegação de que são menos nocivos, não contaminantes do ambiente e com avaliação de risco de agravo à saúde do usuário”, pois ainda não há evidências independentes e livres de conflitos de interesse suficientes para avaliar se os cigarros eletrônicos seriam menos prejudiciais à saúde, como alega a indústria.
De qualquer maneira, nada justifica o uso de sabores, cores e mensagens publicitárias com o objetivo de atrair jovens para o consumo que é visto nos países onde a venda é liberada.