Na semana passada, Nova York deu um grande passo em direção à proibição dos cigarros eletrônicos com sabor. Conforme nota da organização americana Campaign for Tobacco-Free Kids, os parlamentares do estado votaram a favor da medida, que deve ser sancionada em breve pelo governador Andrew Cuomo.
Além da proibição de todos os cigarros eletrônicos saborizados, provisões adicionais determinam o fim de vendas em farmácias e de cupons e outras promoções.
Ainda segundo a nota, essa medida vem na hora certa, porque fumantes de cigarros tradicionais e eletrônicos “correm mais risco ao contraírem o coronavírus. Essa medida é essencial para diminuir o uso de tabaco e reverter a epidemia de consumo de cigarros eletrônicos por jovens que está viciando uma nova geração de crianças.”
Existe, entretanto, uma brecha preocupante no texto: a possibilidade de produtos com sabor conseguirem autorização da Food and Drug Administration (FDA), agência regulatória dos Estados Unidos, para voltarem às lojas. “Não há nenhuma razão para esses produtos saborizados estarem no mercado – ponto – especialmente considerando o crescente número de evidências que mostram que cigarros eletrônicos e vaporizadores colocam a saúde do pulmão em risco”, destaca a organização americana.
Massachusetts, Nova Jersey e Rhode Island são outros estados americanos que já proibiram os cigarros eletrônicos saborizados – no caso de Massachusetts, todos os produtos de tabaco com sabor foram banidos. No Brasil, produtos de tabaco saborizados foram proibidos ainda em 2012, mas a medida segue protelada devido a seguidas ações movidas pela indústria.