Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer colorretal já é o segundo tipo mais frequente da doença, tanto em homens (atrás apenas do câncer de próstata) quanto em mulheres (atrás do câncer de mama). Apenas em 2020, mais de 40 mil novos casos surgiram, sendo que a incidência é maior em pessoas com mais de 50 anos. Para conscientizar a população, março foi definido como o mês de prevenção ao câncer colorretal.
Assim como outras doenças crônicas, muitos dos casos de câncer colorretal estão associados com fatores de risco específicos – no caso, consumo de carnes vermelhas, embutidos, alimentos ultraprocessados e álcool, obesidade, sedentarismo e tabagismo. A prática de atividades físicas e o consumo de fibras presentes em frutas, verduras e grãos, por outro lado, ajudam a prevenir a doença.
Recentemente, a ACT produziu uma série de vídeos falando sobre esses e outros fatores de risco para vários tipos de câncer, destacando que políticas públicas que promovam a adoção de hábitos mais saudáveis são a melhor forma de reduzir casos da doença. Entre elas, destacam-se:
- Tributação de produtos nocivos: incluindo os ultraprocessados, o tabaco e o álcool, que podem causar o câncer colorretal, a tributação é uma das medidas mais custo-efetivas para reduzir o consumo de produtos que fazem mal para a saúde. A reforma tributária que vem sendo discutida no Congresso é uma ótima oportunidade para colocar essa medida em prática.
- Advertências sanitárias: as advertências presentes nas embalagens de cigarros também poderiam – e deveriam – aparecer nos rótulos de outros produtos, especialmente os já citados no item anterior. Inclusive, um estudo recente mostrou que o consumo de refrigerantes poderia diminuir 17% se alertas sobre os malefícios do açúcar fossem colocados nas embalagens dessas bebidas.
- Regulamentação e restrição de marketing: produtos que fazem mal para a saúde também precisam ter mais restrições de propaganda, especialmente da publicidade voltada ao público infantil.