Associações médicas, ONGs e 100 mil pessoas em campanha contra a farra dos ultraprocessados

farra dos ultraprocessados

A ACT Promoção da Saúde e a Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável lançaram no dia 28 de setembro a campanha digital “Farra dos Ultraprocessados”. O objetivo é chamar a atenção para a atuação da indústria de ultraprocessados na reforma tributária, que vem buscando tratamento fiscal favorecido para produtos que fazem mal à saúde, e informar a população sobre a importância de medidas fiscais como forma de melhorar a alimentação. A tributação de produtos nocivos é uma política pública para prevenir doenças que conta com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Banco Mundial, por exemplo. 

Além de informar sobre a nocividade dos ultraprocessados, a campanha reforça que a reforma tributária pode favorecer o consumo de alimentos saudáveis, por exemplo, por meio da criação de uma cesta básica, com alíquota zero, composta apenas por produtos in natura e minimamente processados. Ou seja, livre de ultraprocessados. 

Os cartazes e peças visuais podem ser vistos em mídias digitais, redes sociais, em comerciais de canais abertos e por assinatura, rádio, jornal impresso e painéis eletrônicos. Uma estratégia diversificada, com o intuito de reunir o maior número de assinaturas em uma petição online que será enviada ao Senado, onde o projeto de reforma tributária vem sendo discutido. Aliás, nesta semana, a petição bateu o marco histórico e foi assinada pelo seu centésimo milésimo signatário – 100 mil pessoas unidas por uma reforma tributária que promova saúde, sem incentivos para ultraprocessados. Obrigada pelo apoio!  

Associações médicas e ONGs em defesa da saúde coletiva

Em recente pesquisa de opinião encomendada pela ACT Promoção da Saúde ao Instituto Datafolha, 94% da população apoia o aumento de impostos para produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente, como cigarros, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, plásticos e que têm alta emissão de carbono, em acordo com o previsto no texto da reforma tributária. Quando o foco é alimentação, 89% concordam que apenas alimentos saudáveis como frutas, arroz e feijão devem compor a cesta básica.

A previsão é que o relatório da PEC 45 seja apresentado pelo senador Eduardo Braga, da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, nos próximos dias. E além das 100 mil pessoas que assinaram a petição, associações médicas e ONGs também estão unidas e na luta por uma reforma tributária que favoreça a alimentação adequada e saudável. Você já conferiu e compartilhou o vídeo que convoca os senadores e senadoras a refletir sobre o legado que a reforma tributária vai deixar na saúde da população?

Além da ACT, participam do vídeo manifesto representantes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Sociedade Brasileira de Endocrinologia Médica (SBEM), Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), Hospital das Clínicas da USP, Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável e Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), FIAN Brasil, Instituto Desiderata e Instituto Cordial. 

No vídeo, especialistas chamam atenção para a influência da indústria de produtos ultraprocessados. “Para defender seus interesses comerciais e pagar menos impostos, a indústria de ultraprocessados está querendo confundir o debate público. Representantes da indústria de ultraprocessados defendem que todos os alimentos tenham os mesmos incentivos. Mesmo aqueles que fazem mal e causam prejuízos ao Brasil com mais gastos com a saúde e a degradação do meio ambiente. Não podemos aceitar isso!”, dizem os especialistas no manifesto. Você concorda? 

Para acompanhar e participar da campanha, acesse o site doceveneno.org.br e as redes sociais da ACT Promoção da Saúde e da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável, compartilhe os vídeos e materiais, marque os senadores e senadoras que representam o seu estado e fale sobre esse assunto com as pessoas ao seu redor. 

Incentivos fiscais apenas para alimentos saudáveis! 

Se faz mal à saúde, tem que pagar mais imposto!

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