Conheça os planos premiados no curso EAD de Advocacy para a Agenda 2030

curso EAD Advocacy

Todas as pessoas e comunidades têm um papel fundamental para acelerar os avanços rumo ao desenvolvimento sustentável. Por isso, incentivando que as organizações engajadas na Agenda 2030 elaborarem estratégias para potencializar sua participação nos espaços de tomada de decisão, a ACT Promoção da Saúde e do Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030 (GT Agenda 2030) premiam os planos de advocacy mais votados na plataforma do curso. Os projetos foram elaborados durante o curso EAD de Advocacy para Agenda 2030, das turmas 9 e 10, realizados em julho e agosto de 2021, respectivamente.

A formação também considera os desafios lançados e/ou intensificados pela pandemia da Covid-19 para implementar a Agenda 2030 em âmbito local ou federal, com a possibilidade de promover as necessidades de grupos mais vulneráveis para “reconstruir melhor”, com mais consciência em projetos sustentáveis.

Conheça os planos de advocacy vencedores:

Manuella Comerio de Paulo, coordenadora do Hub Espírito Santo do Youth Climate Leaders (YCL)

Empregos Verdes & Juventudes

De olho na confluência das crises econômica e climática, Manuella Comerio de Paulo vislumbrou na economia de baixo carbono uma possibilidade real de empregabilidade para jovens. A coordenadora do Hub Espírito Santo do Youth Climate Leaders (YCL), explica que a organização tem o objetivo promover soluções para dois dos maiores desafios que a juventude enfrenta nos dias de hoje: o desemprego estrutural e a crise climática e que o plano de ação de advocacy tinha como alvo o governo estadual do Espírito Santo. 

Integrante da nova turma, Manuella afirma que o curso ajudou a entender quais os passos necessários para promover mudanças, aliando conceitos a exemplos práticos:  “Acredito que a principal dificuldade tenha sido entender como funciona o processo e as dinâmicas do sistema político, assim como a influência dos diferentes agentes na elaboração de políticas públicas e na tomada de decisões. Para mim foi algo completamente novo e que exigiu muita pesquisa”, diz. A arquiteta e urbanista afirma que espera levar o plano para mobilizar não apenas o governo, mas também o setor privado no fomento a um sistema econômico mais sustentável do ponto de vista ambiental e social. “A transição para uma economia de baixo carbono é essencial para garantir a qualidade de vida das gerações presentes e futuras, assim como para promover maior justiça social e redução de desigualdades”, declara.

Weslangila Magalhães, cientista social

Conectividade para as Comunidades Quilombolas do Estados de Goiás

Também integrante da nona turma, a cientista social Weslangila Magalhães foi a segunda colocada na premiação. Ela elaborou uma proposta para promover o acesso digital nos territórios quilombolas do território Kalunga, no norte de Goiás, especialmente diante da migração dos processos para a internet intensificada pela Covid-19, como o comércio eletrônico e a educação remota. O projeto foi desenvolvido no âmbito do Programa de Extensão Universitária Lobby Social da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Weslangila destaca que a formação deu aporte metodológico para formalizar propostas relevantes e, assim, facilitar e acelerar a captação de recursos para torná-las possíveis:”A partir do momento que comecei a trabalhar com projetos sociais venho enfrentando inúmeras dificuldades, desde ter que superar o sentimento de não saber nada e me jogar de vez nas etapas dos projetos, nas pesquisas, até ter que tirar a timidez do caminho para desenvolver a parte da comunicação.”

Aryane Parra, estudante de medicina e embaixadora da Juventude pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC/ONU)

Violência Doméstica e Notificação Compulsória: a Agenda 2030 como proposta de enfrentamento da desigualdade de gênero

Vencedora do primeiro lugar da décima turma, Aryane Parra conta que entrou no curso com a expectativa de aprender sobre a incidência política e como estruturar ações para as esferas de governo. “Já tenho uma certa experiência com ativismo e mobilização social, mas nunca desenvolvi ações voltadas aos tomadores de decisões. E o curso atendeu totalmente minhas expectativas, já acompanho a ACT a alguns anos e como graduanda da área da saúde, essa organização sempre foi fonte de inspiração pessoal”, declara a estudante de medicina e embaixadora da Juventude pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC/ONU) desde 2019.  

Ela elaborou um projeto para combater a violência contra mulheres – cujas denúncias e buscas de ajuda ficaram mais difíceis durante a pandemia –  por meio da promoção de diretrizes de atendimento eficazes nas instituições de saúde no estado do Pará. “A assistência médica, dentre outros vários serviços especializados, representa a possibilidade de intervenção qualificada“, acredita. A estudante propõe a elaboração e implementação de quatro medidas: um manual para o atendimento de casos suspeitos ou confirmados em serviços públicos ou particulares de saúde; atualização das grades curriculares dos cursos da área da saúde; e um curso de capacitação para profissionais formados e acadêmicos. Aryane também compõe a Federação Internacional das Associações de Estudantes de Medicina do Brasil (IFSMA) e é multiplicadora da Rede Politize!.

Bernardo Pietrobelli e Eduardo Bohn, equipe da Fundação Thiago Gonzaga

Caminho Seguro – Crianças e adolescentes mais seguros em seu trajeto

O projeto de Bernardo Pietrobelli e Eduardo Bohn, que compõem a equipe da Fundação Thiago Gonzaga, foi o segundo mais votado da décima turma. A organização atua com o foco na redução da mortalidade no trânsito em 50%, meta 3.6 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. “Entendi a elaboração do plano de ação como uma oportunidade para aplicar os conhecimentos do curso em um planejamento para a consolidação e expansão de um projeto piloto que estamos atualmente implementando em Porto Alegre – o Caminho Seguro”, afirma Bernardo. Ele reforça a importância de desdobrar a proposta desenvolvida no âmbito do curso em ações pela maior maior segurança das crianças e adolescentes no trânsito.

Curso EAD de Advocacy: Bernardo Pietrobelli e Eduardo Bohn, equipe da Fundação Thiago Gonzaga

A dupla conta que o plano vai ajudar a expandir o piloto do projeto Caminho Seguro, que já tem sido um sucesso, para mais escolas na cidade. “Foi importante pensar em como assegurar que os parceiros do projeto (administração pública, escolas e o fornecedor internacional da ferramenta de avaliações viárias) mantenham-se engajados e comprometidos com o projeto”, observam.

 

 

O curso de Advocacy para a Agenda 2030 começou a ser oferecido pela ACT e pelo GT Agenda 2030 em 2019 e até agora dez turmas já se formaram na modalidade Educação a Distância (EAD). As inscrições para a próxima turma foram prorrogadas e estão abertas até 10 de setembro. São oito aulas assíncronas, totalizando 20 horas de curso. As vagas são limitadas e as inscrições são gratuitas: bit.ly/advocacyead.

A ACT Promoção da Saúde também lançou o “Guia de Ações de Advocacy para a Agenda 2030” com o intuito de apoiar iniciativas de promoção dos ODS no Brasil. A publicação destaca estratégias e exemplos de ações adaptadas ao período de isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19, quando vários tipos de eventos e atividades de Advocacy tiveram que ser repensados e reformulados. O guia pode ser baixado gratuitamente no endereço: http://bit.ly/GuiaAdvocacyA2030.

 

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