A primeira ocorrência no Brasil de COVID-19, a doença causada pela nova forma do coronavírus, foi confirmada durante o Carnaval. Como afirmado pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na maior parte dos casos os sintomas assemelham-se aos de uma gripe comum e não evoluem de maneira preocupante. Médicos e outras autoridades da saúde, no entanto, alertam que alguns grupos de pessoas, como o de fumantes, podem ser mais suscetíveis a desenvolver complicações de doenças respiratórias, como é o caso do COVID-19.
Uma reportagem do The Telegraph afirmou que uma análise dos primeiros 8.000 casos de coronavírus mostrou que homens tinham maiores taxas de ocorrência da doença (55%) e de complicações como pneumonia grave (61,5%). Embora a razão dessa diferença não esteja totalmente determinada, alguns pesquisadores acreditam que ela possa estar ligada a fatores como o fumo. Na China, a prevalência de tabagismo é de 52,1% entre homens e apenas 2,7% entre mulheres, segundo a OMS.
A reportagem também destaca que as pessoas que fumam têm uma propensão muito maior de desenvolver doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC), que incluem bronquite crônica e enfisema e, por sua vez, são um fator de risco para doenças respiratórias em geral, como é o caso da COVID-19.
O portal WebMD e outras publicações também alertaram sobre a possibilidade de complicações relacionadas com o tabagismo. Aqui no Brasil, ao falar sobre o coronavírus, o doutor Drauzio Varella afirmou, em entrevista ao GaúchaZH: “Um problema terrível, não só na China, mas no Oriente todo, é o cigarro. Há um número de fumantes absurdo. Uma coisa é uma complicação respiratória em uma pessoa que nunca fumou e outra coisa é em um fumante.”
A chegada do COVID-19 ao Brasil não deve ser motivo para pânico, mas é mais uma razão para que as pessoas que fumam considerem deixar o cigarro. No site da ACT, temos uma página que fala sobre tratamentos para parar de fumar e lista contatos que podem direcionar a um local de apoio adequado.
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