Por Anna Monteiro, diretora de Comunicação da ACT
O ministro Paulo Guedes sinalizou que o governo federal pode aumentar a tributação de produtos nocivos à saúde, como cigarros, bebidas alcóolicas e açucaradas, citando os custos ao sistema público de saúde com doenças causadas pelo fumo e obesidade. E está certo. A ACT defende esse tipo de tributação, que já vem sendo adotada em diversos países.
No Brasil, por exemplo, o prejuízo causado pela indústria do cigarro com despesas médicas e perda de produtividade chegue a R$ 57 bilhões ao ano. Os impostos pagos pelas fabricantes, entretanto, não passam de R$ 13 bilhões anuais. A conta não fecha: há um déficit de R$ 44 bilhões.
Em relação a bebidas açucaradas, há aumento proporcional dos custos com tratamentos de doenças causadas pelo excesso de seu consumo, como obesidade, que já atinge mais de 20% da população, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, do IBGE.
Estudos demonstram que a obesidade é um importante fator de risco para diversas doenças crônicas não transmissíveis, como dislipidemia, hipertensão arterial, infarto agudo do miocárdio, diabetes mellitus tipo 2, síndrome metabólica e alguns tipos de câncer (incluindo mama, ovários, endométrio, próstata, rim e cólon).
Por isso, também esperamos que não haja qualquer mudança no decreto que estabeleceu, no começo do ano, menos subsídios para a indústria de bebidas.
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