O consumo abusivo de bebidas alcoólicas causa uma morte a cada 10 segundos globalmente, resultando em três milhões de mortes anuais. O álcool é também um fator de risco para as doenças crônicas não transmissíveis, que incluem alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares e do fígado, levando a perdas e a um custo econômico e social. Seu consumo em excesso também afeta negativamente a evolução de doenças infecciosas como tuberculose, Aids, pneumonia e Covid-19.
Apesar disso, bilhões de dólares são destinados à indústria de bebidas alcoólicas a cada ano por meio de isenções e subsídios, particularmente em países em desenvolvimento. Agora, um novo relatório da Vital Strategies, The Sobering Truth: Incentivizing Alcohol Death and Disability, destrincha essas iniciativas e expõe como a indústria do álcool interfere em políticas governamentais focadas em reduzir o consumo de seus produtos. O documento também propõe recomendações para que os países fortaleçam seus sistemas de saúde contra o uso perigoso do álcool.
O consumo abusivo de álcool, especialmente o chamado “beber em binge”, que acontece quando se bebe uma grande quantidade de uma única vez, leva a uma série de problemas de saúde, sociais e econômicos, como:
- é o principal fator de risco para mortes e incapacitações de pessoas de 15 a 49 anos em todo o mundo;
- pode piorar condições relacionadas com a saúde mental e contribuir para a violência, especialmente homicídios, suicídios e violência doméstica;
- causou aproximadamente 370.000 mortes no trânsito em 2016.
A ACT traduziu a introdução e as recomendações do relatório, você pode conferi-las aqui.
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