Dia Mundial do Câncer 2022

Dia Mundial do Câncer

O Dia Mundial do Câncer é uma data celebrada anualmente em 4 de fevereiro para disseminar informações e promover políticas de prevenção e tratamento. Em 2022, o Dia Mundial estará focado na conscientização sobre as desigualdades enfrentadas pelos pacientes na busca por tratamento. Segundo o site oficial, “embora estejamos vivendo em uma época de avanços surpreendentes na prevenção, no diagnóstico e no tratamento do câncer, muitas pessoas encontram dificuldades pelo caminho. Renda, nível educacional, localização geográfica e discriminação por raça, gênero, orientação sexual, idade, capacitismo e estilo de vida são alguns dos fatores que podem influenciar negativamente a busca por cuidados.

Em apoio ao Dia Mundial, a ACT fará um relançamento da nota técnica reformulada “Câncer: é possível prevenir fatores de risco”, publicada originalmente em novembro, com várias postagens nas mídias sociais e produção de vídeos falando sobre os principais fatores de risco modificáveis da doença. Também somos apoiadores da campanha Vá de Lenço, organizada anualmente pela Abrale para a data.

Pensar em políticas que promovam a prevenção do câncer é muito importante para diminuir as desigualdades enfrentadas pelos pacientes. Um estudo da Organização Mundial da Saúde revelou que, para cada dólar investido no enfrentamento de câncer e outras doenças crônicas não transmissíveis, pode haver um retorno de até sete dólares em termos de aumento de emprego, produtividade e longevidade. Essa economia traria mais possibilidades de investimentos em políticas que visassem o atendimento universal, por exemplo.

Políticas de prevenção

A chave para assegurar uma melhor prevenção do câncer está no enfrentamento dos principais fatores de risco modificáveis – tabagismo, consumo de álcool, alimentação inadequada, inatividade física, exposição ocupacional e poluição do ar – por meio de políticas públicas. 

A lógica da tributação de produtos que fazem mal à saúde das pessoas e ao meio ambiente para desestimular o consumo é recomendada pela OMS e pelo Banco Mundial como a política pública mais efetiva para redução do consumo e vem sendo usada em diversos países. Dentre esses produtos, incluem-se tabaco, alimentos ultraprocessados, álcool e combustíveis fósseis. Medidas de restrição à propaganda e políticas de que garantam advertências sanitárias para produtos nocivos e rotulagem nutricional adequada também são bastante eficazes.

Para que essas medidas sejam aprovadas, no entanto, precisamos de mecanismos para evitar que as indústrias desses produtos interfiram na formulação de políticas públicas. A Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, por exemplo, já dispõe de um artigo detalhando como é possível prevenir essa interferência por parte das empresas de cigarro, e seria muito proveitoso se essas diretrizes fossem aplicadas plenamente e adaptadas para fabricantes de outros produtos que fazem mal à saúde.

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