É de perder o fôlego. Mas não por surpresa ou êxtase. É de fato por não conseguir respirar.
O ar, mesmo em abundância ao redor, não chega aos pulmões. O coração, sobrecarregado, insiste em bater, mas diariamente é atingido e, aos poucos, destruído.
O prazer virou fumaça, a ilusão dissipou-se, e a realidade se impõe. Às vezes, tarde demais.
O corpo já não é forte o suficiente, ainda que o desejo de viver o seja. Desejo que é seu e de muitos a sua volta. Entes queridos são arrastados junto e vidas esvaem-se em conjunto.
Se ainda houver tempo, pare.
Se ainda lhe é dada a chance, agarre-a.
Largue o cigarro. O fumo destrói corações.