Conversa superpoderosa sobre cigarro

Esta foi ouvida pela Fabiana, da ACT, numa conversa recente entre 3 meninas de 7 a 9 anos – aqui serão as superpoderosas Docinho, Lindinha e Florzinha:

Docinho: Fumar deve ser bom!
Florzinha: Não, fumar faz mal, até mata!
Docinho: Mas tem gente que ainda fuma…
Florzinha: É, meu pai mesmo ainda fuma
Lindinha: O meu fuma charuto
Docinho: Minha mãe já fumou
Florzinha: Sabia que tem veneno de rato no cigarro?
Lindinha: Acho que meu pai vai ficar doente
Florzinha: O seu pai fuma na sua casa?
Lindinha: Fuma
Florzinha: Então você também vai ficar doente!

Comentário (meu): nesta breve conversa vemos que as crianças já sabem que o fumo faz mal e até que o fumo passivo faz mal; mas fica esta dúvida quanto ao por quê das pessoas ainda fumarem, e a idéia de que algo de bom deve existir ali. Sem contar outros fatores, pessoais ou externos, esta curiosidade pode ser bem atraente na fase da adolescência, que é a etapa de maior vulnerabilidade de iniciação às drogas.

E como revelou um estudo recente do Dr.Joseph DiFranza, às vezes basta um cigarro para deflagrar o processo de dependência. Descobriu-se que o impacto da nicotina no cérebro se prolonga além do próprio ato de consumi-la; em ratos, uma única dose de nicotina têm efeitos em determinadas funções neurológicas e cognitivas que persistem por semanas.

Para quem quiser saber mais, vale a leitura do artigo: Fisgado na Primeira Tragada, por Joseph DiFranza, Scientific American Brasil, Ano 6, N 73, Junho 2008.

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