Aprovada a lei que proibirá o fumo em ambientes fechados em SP!!!

Ontem ocorreu a votação e o projeto que proíbe o fumo em ambientes fechados no Estado de SP foi aprovado pela maioria dos Deputados (69 a favor e 18 contra).

Foram acatadas 3 emendas:
– estipula 90 dias para a lei entrar em vigor
– prevê a realização de campanha educativa à população
– promove o acesso ao tratamento por fumantes

No Dia Mundial da Saúde foi uma tremenda vitória para a saúde dos paulistas, sem dúvida nenhuma!

A emoção é grande. Isto é fruto de um esforço de muita gente e que começou há muito tempo. Cada passo tem imenso valor!

Ontem estávamos em minoria representando a maioria. Foi uma sessão tensa, com intervenções ruidosas das pessoas que estavam se manifestando contra o projeto (disseram-nos que tinham recebido R$20,00 p/ estar ali), mas eles se retiraram às 18:10hs (devem ter combinado que ficariam até 18hs) e aí apenas quem apoiava o PL permaneceu firme e forte até o final da votação.

Parabéns a todos e todas!
Parabéns em especial a esta fantástica equipe que temos na ACT, que está sempre pronta para o der e vier!

3 comentários em “Aprovada a lei que proibirá o fumo em ambientes fechados em SP!!!”

  1. Por que “pela saúde das pessoas, melhores hábitos já.”? Por que você pensa que se devem determinar por via de lei os hábitos individuais? Quem é você para determinar o que é melhor para as pessoas? Quem é melhor do que o próprio indivíduo para determinar-se o que fazer? Além disso, essas palavras de ordem, esse “já”, lembra fanatismo religioso. A própria idéia de “melhores hábitos” dá a impressão de uma moralização, de “higienização” de costumes. Instituições como esta, ONGs e coisas do gênero, vivem disso. É seu ganha-pão. Eles têm de sustentar isso. Mas nós, nós estamos preocupados com os nossos filhos. Não queremos que tenham cigarros entre os lábios. Porém as leis são para cidadãos adultos em geral, não para filhos. É pernicioso para a sociedade pensar as leis como se fossem para proteger os filhos. É que, como diz o ditado, para os pais, os filhos sempre são crianças. Pode-se verificar facilmente que as pessoas geralmente são capazes de assumir maiores riscos para si do que aceitariam que seus filhos assumissem. Para que seus filhos permanecessem mais seguros, a maioria dos cidadãos aceitaria sem hesitar restrições às liberdades individuais. Se, por exemplo, seu amigo aprecia freqüentar bares altas horas da noite e lá permanecer bebendo, supondo-se que ele seja uma pessoa de conduta responsável em seu trabalho e sustento, o cidadão médio tende a aceitar isso tranqüilamente – o amigo sabe como cuidar de si, e sua conduta não traz danos a terceiros. Se lhe tirassem essa liberdade, o cidadão médio seria capaz até de defender o direito do amigo de fazer o que bem lhe pareça. Porém, se esse mesmo cidadão tiver um filho ou filha que tem hábitos boêmios, a coisa é diferente. Esse filho ou filha não sabe tão bem tomar conta de si aos olhos dos pais, pois eles os vêem em suas fraquezas. Ademais, os danos que esses filhos eventualmente causem a si mesmos não são, aos olhos dos pais, estritamente individuais, pois afetam diretamente também a eles (pais). Por isso, quando se trata dos filhos boêmios, os pais são capazes de se irritar com a própria conduta do amigo adulto, pois vêem nela a origem da conduta dos filhos, o mau exemplo. E, para evitar que os filhos corram esse risco, o da vida boêmia, seriam capazes, muitas vezes, de aceitar de bom grado medidas como toque de recolher, redução de serviços (por exemplo, horários mais restritos, ao invés de mais ampliados, de funcionamento de ônibus e trens de metrô durante a noite, de modo a desincentivar os passeios noturnos), etc. Ou seja, quando pensamos as leis como feitas para categorias como “nossos filhos”, “os jovens”, “as gerações futuras”, somos facilmente capazes de aceitar que a vida em cativeiro é mais segura e prolongada do que a vida em liberdade. Tem de ser, evidentemente, um cativeiro confortável, com amplo espaço, equipamento para exercícios e, sobretudo, muito carinho – ainda assim, um cativeiro.
    Por isso, para que vivamos no gozo dos direitos e no respeito aos deveres pertinentes a uma sociedade civil adulta, o melhor é que pensemos nas leis como feitas para um cidadão adulto em geral, não para filhos, não para jovens.
    Esta lei é uma lei pensada para proteger os jovens.

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